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Great Place to Work
Great Place to Work premia as melhores empresas para se trabalhar em São Paulo em 2023. Ranking é dividido entre empresas da Região Metropolitana e interior.| Foto: Divulgação/GPTW

OGreat Place to Work (GPTW) premiou nesta segunda-feira (18) as 100 melhores empresas para trabalhar no estado de São Paulo em 2023, sendo metade localizada na Região Metropolitana e a outra metade no interior. Esta foi a quinta edição regionalizada em São Paulo e reuniu a inscrição de 1.229 empresas que, somadas, empregam quase 1,5 milhão de pessoas.

Assim como nas quatro premiações anteriores no estado de São Paulo, o ranking é segmentado pelo porte das empresas. Foram premiadas, na Região Metropolitana, 20 empresas de grande porte, 20 médias e 10 pequenas. A mesma proporção foi seguida na premiação do interior paulista.

“Com as edições do ranking GPTW, observamos uma crescente conscientização dentro das empresas em relação ao valor das pessoas e sentimos muito orgulho de termos participado dessa conscientização. Isso se reflete em práticas concretas identificadas e mensuradas em nossas pesquisas”, aponta Caroline Maffezzolli, Chief Operating Officer do Great Place To Work.

Confira a lista completa ao final da matéria.

O processo regionalizado do ranking favorece uma pulverização da participação. E, para as empresas que estão no interior, a visibilidade de mercado conferida por estar no ranking é bastante relevante, uma vez que elas podem se colocar ao lado de grandes companhias, consolidadas e que há vários anos renovam o selo GPTW.

“Estamos falando de uma premiação na qual os próprios colaboradores elegem e reconhecem as suas empresas como as melhores.  A visibilidade que o ranking proporciona atrai talentos, fortalece a reputação da empresa no mercado e ressalta o orgulho dos funcionários de trabalharem nela. A competição saudável entre as empresas premiadas também incentiva melhorias contínuas no ambiente de trabalho e benchmarking entre as empresas”, analisa Hilgo Gonçalves, embaixador do GPTW no Brasil e Sócio Diretor Regional do Paraná e do Interior de São Paulo.  

Clima organizacional

De acordo com os executivos do GPTW, os colaboradores estão, cada vez mais, buscando um significado especial na sua jornada de trabalho e quando encontram uma empresa que tenha um propósito convergente com o seu, o engajamento é maior, aumentando a confiança na empresa.

“O colaborador tem mais entusiasmo em investir na carreira, ele recomenda a empresa para os amigos e tem mais tempo de casa. Cria-se, assim, um círculo virtuoso em que todos ganham. E uma das principais práticas para criar este excelente clima organizacional é ter uma liderança próxima e que coloca as pessoas no centro de tudo. Nós chamamos isso no GPTW de uma liderança ‘for all’, ou seja, uma liderança ‘servidora’”, reflete Gonçalves.

A média de tempo de fundação das empresas ranqueadas em 2023 é de 37 anos, demonstrando que a tradição e solidez tem um peso na forma como os funcionários vêm a empresa. Para Gonçalves, uma das características de empresas duradouras é que elas deixam claro na sua “missão e valores” possuir um comprometimento com as pessoas e procuram praticar isso o tempo todo, resultando em uma melhor experiência para os colaboradores e para os clientes, tendo resultados mais sustentáveis.

“Um caminho para as empresas jovens serem bem-sucedidas e longevas é escolherem um propósito que agregue valor a todos os stakeholders. Isto é bom para as pessoas, para os negócios e para a sociedade”, completa.

Novos modelos de gestão e diversidade

Trabalho híbrido (84%), redução de jornada (22%) e horário flexível (82%) são características das empresas que figuram no ranking paulista de 2023. Para os executivos do GPTW, trata-se de um reflexo da pandemia de Covid-19, mas não somente. “Com certeza, a pandemia acelerou a adoção de práticas de trabalho flexível, porém essa já era uma prática comum entre as 'Melhores Empresas para Trabalhar GPTW', que sempre estiveram à frente em relação à adoção de práticas diferenciadas, visto que a busca por um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal já estava em pauta antes mesmo da pandemia”, diz Caroline Maffezzolli, COO do GPTW.

No entanto, a análise é que, para ter sucesso no formato de trabalho híbrido, é preciso entender as necessidades e respeitar a cultura de cada empresa e colaborador. Um ambiente de confiança é crucial para dar mais autonomia e empoderar as pessoas. “As empresas estão se empenhando para criar políticas que apoiem essa nova realidade, investindo em tecnologia, comunicação e capacitação dos times.”

Essa é uma das iniciativas que favorecem a qualidade de vida dos funcionários que, cada vez mais, buscam equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal, entendendo a saúde emocional e o bem-estar determinantes para um bom desempenho profissional: 93% das organizações premiadas indicaram adotar práticas relacionadas à saúde mental e bem-estar nos últimos 20 meses.

“Funcionários e empresas estão cada vez mais conscientes de que um ambiente de trabalho estressante pode trazer sérios impactos para a saúde emocional e, por consequência, na produtividade e na qualidade da entrega dos resultados. Colaboradores que têm tempo para relaxar, descansar e cuidar de suas necessidades pessoais, mesmo durante o período de trabalho, tendem a ser mais produtivos e criativos”, afirma Hilgo Gonçalves.

As práticas e políticas ligadas à diversidade são bastante valorizadas pelos funcionários que responderam à pesquisa. Alguns dados chamam a atenção entre as empresas que compõe o ranking:

  • 94% possuem licença maternidade/paternidade para famílias homoafetivas;
  • 46%  tem algum programa específico voltado à contratação e inclusão de grupos minorizados;
  • 82% possuem algum responsável por combater a discriminação e promover a diversidade e/ou inclusão.

A percepção da diversidade tem sido cada vez mais determinante para o ranking, deixando claro que não há mais espaço para discriminação de qualquer natureza dentro das companhias.

Liderança e inovação

A valorização das pessoas reside, ainda, no acompanhamento contínuo do desenvolvimento profissional. Analisando os dados das empresas que estão no ranking, a média de horas direcionadas para treinamento formal é de 228 horas e 89% das empresas indicou que avalia formalmente o desempenho de seus colaboradores. Os feedbacks contínuos aparecem com frequência: 65% dos funcionários receberam três ou mais feedbacks no ano entre as premiadas.

A cultura de ouvir os colaboradores incentiva um ambiente de inovação, onde as pessoas são protagonistas. O GPTW observa o Índice de Velocidade da Inovação (IVR) e, em 37% das empresas premiadas, esse índice figura na classificação “acelerado”; e em 39% delas o índice de inovação é “funcional”.

De acordo com a pesquisa, as empresas com classificação de inovação “acelerado” geram ideias de alta qualidade e têm alta velocidade de implantação, atingindo um grau elevado de agilidade e resultando em 5,5 vezes mais crescimento de receita do que organizações com um grau menor de abordagem inclusiva para a inovação. Além disso, organizações com IVR Acelerado têm empregados que são quatro vezes mais propensos a se sentirem orgulhosos de seu trabalho.

“Notamos, nas pesquisas, que quanto mais o colaborador se sente incluído, maior é o engajamento dele com a empresa. Nós acreditamos que o maior potencial de inovação vem dos próprios colaboradores”, finaliza Gonçalves.

As melhores empresas para trabalhar em São Paulo em 2023

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