

O restaurante El Celler de Can Roca, dos irmão Joan, Joseph e Jordi, localizado em Girona, na Espanha, voltou a liderar o ranking dos 50 melhores restaurantes do mundo, em 2015. O espanhol já esteve em primeiro lugar em 2013. Em relação à edição de 2014, houve uma dança das cadeiras nas primeiras três posições. O Osteria Francescana, comandado por Massimo Bottura, em Modena, na Itália, subiu uma posição e agora está em 2.º lugar. O Noma, de Copenhague, na Dinamarca, que liderava o ranking no ano passado caiu duas posições e agora está em terceiro lugar. Veja abaixo o ranking completo.
A 13.ª edição do concurso foi amarga para o Brasil. Os restaurantes brasileiros perderam posições no ranking. O paulistano D.O.M., de Alex Atala, caiu duas posições em relação a 2014 e agora está em nono. A queda do Maní, em São Paulo, dos chefs Helena Rizzo e Daniel Redondo, foi ainda maior: ele passou do 36.º lugar do ano passado para o 41.º lugar. Mesmo assim, o Brasil garante dois restaurantes entre os 50 melhores do mundo. Alex Atala não participou da premiação, mas comemorou pelo Instagram: disse que estar há 10 anos entre os 50 melhores do mundo já é motivo para comemorar. Daniel Redondo, chef do Maní e marido de Helena Rizzo (eleita a melhor chef mulher em 2014) compareceu ao evento.
Na América Latina, contudo, não faltam motivos para comemorar. Ao todo são nove os restaurantes que entram na lista, com algumas novidades. O Peru, cujos restaurantes melhoram bastante suas colocações na lista, foi destaque. A surpresa é sem dúvida o Central, dos chefs Virgilio Martinez e Pia León, localizado em Lima, no Peru, que sobe 13 degraus e se coloca em 4.º lugar. Ele já é considerado o melhor da América Latina. Outro peruano, o Astrid y Gaston, do chef Gaston Acúrio, em Lima, também subiu quatro posições e agora está em 14.º. O Peru tem também uma estreia: o Maido entra no ranking mundial e coquista o 44.º lugar.
Do outro lado dos Andes, há motivos para celebrar também no Chile, que pela primeira vez coloca um restaurante no ranking mundial: o Boragó, em Santiago, que conquistou o 42.º. No México, o Quintonil, em 35.º lugar, comemora seu primeiro ano na lista. Em 16.º, outro restaurante mexicano: o Pujol, que fica na Cidade do México, subiu quatro posições em relação à edição passada. O Biko, na Cidade do México, volta ao ranking em 37.º lugar.
Um dos chefs mais reconhecido do mundo, o francês Alain Ducasse celebra seu regresso à lista no lugar 47.º. Blue Hill at Stone Barley, do badalado chef Dan Barber, entra pela primeira vez no ranking e conquista a 49.ª posição. Os restaurantes asiáticos se destacaram na Top Ten: o Gaggan, de Bancóc, na Tailândia, alcançou o 10.º lugar. Não acaso foi também premiado como melhor restaurante do continente asiático. O Narisawa, em Tokyo, no Japão, conquistou a 8.ª posição entre os 50 melhores.
Pela primeira vez os organizadores publicaram antecipadamente a lista dos classificados entre os 51.º e 100.º lugar. Entre eles, The Fat Duck (73.º), em Bray (Reino Unido), La Maison Troisgros (78.º), em Roanne, na França, e Tegui (83.º), de Buenos Aires, na Argentina.
Confira a lista final do The World’s 50 Best Restaurants:
1. El Celler de Can Roca, Girona (Espanha)
2. Osteria Francescana, Modena (Itália)
3. Noma, Copenhague (Dinamarca)
4. Central, Lima (Peru) – Melhor restaurante da America Latina
5. Eleven Madison Park, Nova York (Estados Unidos) – Melhor restaurante da America do Norte
6. Mugaritz, San Sebastian (Espanha)
7. Dinner by Heston Blumenthal, Londres (Reino Unido)
8. Narisawa, Tóquio (Japão) – Melhor restaurante da Ásia
9. D.O.M., São Paulo (Brasil)
10. Gaggan, Bancóc (Tailândia)
11. Mirazur, Menton (França)
12. Arpège, Paris (França)
13. Asador Etxebarri, Atxondo (Espanha)
14. Astrid Y Gastón, Lima (Peru)
15. Steirereck, Vienna (Áustria)
16. Pujol, Cidade do Mundo (México)
17. Arzak, San Sebastian (Espanha)
18. Le Bernardin, Nova York (Estados Unidos)
19. Azurmendi, Larrabetzu (Espanha)
20. The Ledbury, Londres (Reino Unido)
21. Le Chateaubriand, Paris (França)
22. Nahm, Bancoc (Tailândia)
23. White Rabbit, Moscou (Rússia) – Pela primeira vez na lista
24. Ultraviolet, Xangai (China) – Pela primeira vez na lista
25. Fäviken, Järpen (Suécia)
26. Alinea, Chicago (Estados Unidos)
27. Piazza Duomo, Alba (Itália)
28. The Test Kitchen, Cidado do Cabo (África do Sul) – Melhor restaurante da África
29. Nihonryori RyuGin, Tóquio (Japão)
30. Vendôme, Bergisch Gladbach (Alemanhã)
31. Restaurant Frantzén, Estocolmo (Suécia)
32. Attica, Melbourne (Austrália) – Melhor restaurante da Australásia
33. Aqua, Wolfsburg (Alemanhã)
34. Le Calandre, Rubano (Itália)
35. Quintonil, Cidade do México (México)
36. L’Astrance, Paris (França)
37. Biko, Cidade do México (México)
38. Amber, Hong Kong (Hong Kong)
39. Quique Dacosta, Denia (Espanha)
40. Per Se, Nova York (Estados Unidos)
41. Maní, São Paulo (Brasil)
42. Tickets, Barcelona (Espanha) – Pela primeira vez na lista e Boragò, Santiago (Chile) – Pela primeira vez na lista
44. Maido, Lima (Peru) – Pela primeira vez na lista
45. Relae, Copenhague (Dinamarca) – Pela primeira vez na lista e restaurante sustentável
46. Restaurant André, Cingapura (Cingapura)
47. Alain Ducasse au Plaza Athénée, Paris (França)
48. Schloss Schauenstein, Fürstenau (Suíça)
49. Blue Hill at Stone Barns, Tarrytown (Estados Unidos) – Pela primeira vez na lista
50. The French Laundry, Yountville (Estados Unidos)
A chef francesa Hélène Darroze, dos restaurantes homônimos em Londres e Paris, recebeu o título de melhor chef mulher do mundo. Ela foi a inspiração para a chef Colette, personagem da animação Ratatouille (2007), e trabalhou por três anos com o chef francês Alain Ducasse, no Le Louis 15, em Mônaco. No ano passado, a brasileira Helena Rizzo foi eleita para a categoria.
O chef francês radicado nos EUA, Daniel Bouloud, venceu na categoria conjunto da obra. Esta foi a décima edição da categoria no prêmio da restaurant, que já premiou chefs como Alain Ducasse, Thomas Keller e Alice Waters. Em 2014, o prêmio foi para o britânico Fergus Henderson e o restaurante de Bouloud havia ficado em 40º lugar. Segundo os organizadores, Bouloud é um “talento extraordinário”, cuja “cozinha clássica evoluiu para incorporar técnicas modernas e sabores internacionais”, disseram no comunicado que anunciou o prêmio.
Chefs de todo o mundo se encontraram em Londres para a cerimônia de entrega da premiação promovida pela revista britânica Restaurant. O evento começou às 16h desta segunda-feira (1º) – 20h na Inglaterra – e anunciou os 50 melhores restaurantes eleitos pela publicação.
Veja como foi a cobertura da premiação:
Atualizado às 17h32
O melhor restaurante do mundo é El Celler de Can Roca, em Girona, na Espanha. A casa comandada pelos irmãos Joan e Jordi Roca subiu uma posição e retomou o cetro que pertencia ao Noma.
Atualizado às 17h31
Osteria Francescana, do chef Massimo Bottura, em Modena, sobe uma posição e está em 2º lugar.
O Noma, do René Redzepi, perdeu a liderança e está em 3º.
Atualizado às 17h30
Central, do chef Virgilio Martinez, de Lima, no Peru, está em 4º.
Atualizado às 17h28
5º: Elevan Madison Park, em Nova York.
6º: Mugaritz, na Espanha
7º: Dinner, em Londres, do chef Heston Blumenthal.
8º: Narisawa, em Tokyo, Japão
9º: O brasileiro Alex Atala, do D.O.M., em São Paulo, caiu duas posições em relação ao ano passado e está em 9º.
10º: O Gaggan, de Bancóc, subiu sete posições, estava em 17º no ano passado.
Atualizado às 17h22
Começa o anúncio da Top Ten.
Atualizado às 17h20
“É um prazer receber esse prêmio, mas o prazer maior para mim é ser um chef todos os dias”, disse do palco o chef Daniel Bouloud que venceu na categoria conjunto da obra. “Precisamos nos preocupar com a próxima geração não com aquilo que já construímos”, completou.
Atualizado às 17h18
Extebarri, na Espanha, subiu 21 posições e está em 13º.
Astrid y Gaston, do chef Gaston Acúrio, em Lima, subiu quatro posições e está em 14º.
Atualizado às 17h16
19º: Azurmendi, na Espanha.
18º: Le Bernardin, em Nova York .
17º: Arzak, na Espanha, caiu 9 posições.
Em 16º tem outro restaurante da America Latina. É o Pujol, na Cidade do México, que subiu quatro posições.
15º: Steirereck, em Viena, Áustria.
Atualizado às 17h05
O melhor pâtissier do mundo em 2015 é Albert Adriá, do Bar Tickets, em Barcelona. Ele é irmão do premiado chef Ferran Adriá.
Atualizado às 17h
O restaurante paulistano Maní, de Helena Rizzo e Daniel Redondo, caiu cinco posições em relação ao ranking do ano passado: do 36º para o 41º lugar.
O chileno Boragó, 5° da America Latina, é eleito o 42° da lista, uma posição atrás do Maní. O primeiro restaurante da America Latina a entrar entre os primeiros 50 do mundo é o Maido, de Mitsuharu Tsumura, em Lima, no Perú.
Em 49º, está o Blue Hill at Stone Barns, do americano Dan Barber. É sua estreia entre os 50 melhores.